quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um conto qualquer


Essa era a segunda vez que o seu coração se sentia dessa forma, o que a deixava com mais medo e insegurança frente a toda situação. Medo que as mágoas e sofrimentos da primeira vez que tudo ocorreu repetissem novamente, e insegurança porque naquele momento não passava de uma menina frágil e invisível para ele. Todos já haviam a alertado, aconselhado, tentando faze-la mudar de idéia - impossível - era a unica coisa que ela ouvia. Nessa noite, ela percorreu o mesmo trajeto de todas as outras noites. Caminhou pelas mesmas ruas escuras, procurando algo para se distrair, alguma razão para continuar. Foi então que os seus olhos pousaram em alguém - era ele - ela sabia bem para quem olhava, só havia custado a cair na real. Procurou entender a situação que ele se encontrava, percebeu que estava sozinho em seu carro, esperando o sinal abrir. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios e ela em fim havia lembrado o motivo pela qual levantava todas as manhãs. Ele passou o olhar brevemente por ela, mas não pareceu ver nada de interessante e voltou os seus olhos para o sinal, agora verde o que o fez acelerar. Para onde ele iria, o que ele faria, quem ele encontraria, ela não sabia, mas estava certa de que ele era o amor de sua vida mesmo que não soubesse, que não fizesse idéia sobre a existência dela e toda sua insegurança em relação a ele.

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